segunda-feira, 30 de março de 2015

A IMPORTÂNCIA DE SER HONESTO



A honestidade é uma das virtudes mais importantes: na família, no trabalho e na sociedade. Na política, então, assume especial relevância. Um político ser capaz de dizer ao que vem (dizer o que pensa) e fazer o que diz: eis o que necessitamos!

sexta-feira, 20 de março de 2015

MANIFESTO ANTI-DOGMAS


Uma das grandes tragédias humanas é a necessidade que temos de nos apoiarmos em certezas absolutas para nos podermos aguentar na vida.

A ARTE DO KARATE QUE ME ENSINARAM



Karate é uma arte marcial. Esta é a frase que precisa ser repetida: está tudo lá! Marcial, porque diz respeito à guerra, ao combate (e, portanto, tem que ser eficaz em situação real). Arte, porque diz respeito à técnica, à disciplina, à filosofia, à aprendizagem ao longo da vida, à história, à cultura (e sua transmissão intergeracional) e à beleza.

PERIGOSA FUTILIDADE


Vivemos tempos fúteis… Apesar de mergulhados numa crise financeira e económica profunda ainda se vive sob a égide do clima da futilidade que nos tem acompanhado desde o fim das grandes guerras.

ESTE PAÍS NÃO É DE ABRIL


Em Abril de 1974, na sequência de um golpe militar que tinha como principal motivação pôr fim à guerra colonial e ao regime que a sustentava, Portugal acabou com um largo período ditatorial para dar início, pela primeira vez na sua história, a uma vivência sob um regime democrático. O sufrágio directo e universal foi instituído e uma nova Constituição foi aprovada em 1976.

CIÊNCIA: O SEU A SEU DONO


Apesar de haver uma certa noção, nas sociedades ocidentais, da importância da ciência, o pensamento científico ainda não foi capaz de ocupar a sua devida posição no mundo. Não só existem muitas culturas que ainda olham de esguelha para a ciência como proliferam, na civilização ocidental, subculturas que não a respeitam.

AI QUE ME ESQUECI DE ENTREGAR O EUROMILHÕES!


Todos aqueles que apostam no Euromilhões (ou em sorteios similares) vivem assombrados por um fantasma: o de se esquecerem de registar uma aposta com uma certa chave e, nessa semana, qual obra do diabo, esses números saírem (o mesmo vale para o caso de não se jogar, numa semana, a combinação de sempre e, nessa semana, ela sair…). Mal soubessem disso, tinham vontade de se bater, de partir coisas ou, no mínimo, de soltar vários palavrões! Porquê? Porque é que o destino me foi pregar uma partida destas! Quanto azar é preciso ter? Se eu tivesse entregado o boletim, agora estava rico…

ESCRITORES, ESCREVINHADORES E O RESPEITO


Todos os que escrevem qualquer coisa num papel (ou teclam num computador) podem ser chamados de escritores: porque escrevem, são escritores. Assim, são tão escritores Vergílio Ferreira e José Gomes Ferreira como Margarida Rebelo Pinto ou um qualquer jovenzito que pagou para que lhe editassem um livro... 

MIMADO, COM ORGULHO!



Paremos tudo. Retiremos as coisas do sítio onde estão e andemos com o tempo para trás. Afinal, para a frente não é o caminho…

quarta-feira, 18 de março de 2015

O IMPRESCINDÍVEL VALOR DAS FORÇAS DE AUTORIDADE


Num mundo que se quer cada vez mais inclusivo e pacífico pode-se questionar a existência de forças da ordem. Aliás, desde o fim da guerra fria que as grandes potências têm feito esforços para reduzir o armamento e a dimensão dos exércitos. Para além disso, diversos países têm apostado na diminuição das polícias. Mas quer isso dizer que podemos acabar com as forças da autoridade? Penso que não. De facto, essas forças são para a comunidade o que o sistema imunitário é para o nosso corpo, os glóbulos brancos que combatem as invasões de agentes inimigos.

A RARA QUALIDADE DA HONESTIDADE INTELECTUAL


Numa sociedade mediática como aquela em que vivemos, a palavra e a sua difusão assumiram uma importância ímpar. A palavra sempre teve importância, é certo. Dos pregadores religiosos aos monarcas, passando pelos escritores, filósofos e cientistas, a palavra sempre foi um veículo privilegiado de comunicação e de influência social. Mas, no mundo globalizado de hoje, com a informação a poder fluir, em segundos, de um lado ao outro do mundo, nunca a palavra teve tanto poder. Quer a escrita (nas diversas publicações em suporte físico ou na Internet) quer a dita (na televisão, no cinema, em colóquios, palestras ou comícios e também na Internet), têm hoje uma capacidade de multiplicação e de propagação sem precedentes. Os fenómenos virais, de alguns textos ou ditos, são disso um sintoma paradigmático.

OS MALEFÍCIOS DO PHOTOSHOP


Apesar de ser só uma ferramenta informática de manipulação de imagens digitais, o Photoshop pode bem ser visto como um estandarte dos nossos tempos. É que a sua utilização, para transformar imagens humanas no ideal contemporâneo de beleza e perfeição, aliada ao mediatismo global do presente, acaba por ser causa e consequência de uma forma de olhar o mundo e, em particular, uma forma de olhar para o ser humano.

FICÇÃO COM MUITA POLPA


Fiquem todos calmos que isto não é um assalto, apenas uma crónica sobre Pulp Fiction, um filme de 1994, escrito e realizado por Quentin Tarantino.

CHUVA, PARA QUE TE QUERO?


Não gosto de chuva. Não vivo num país tropical onde a chuva grossa e passageira vem arrefecer o ar insuportável. E nem sequer vivo no Sul do país onde a chuva é invernal e passageira. Vivo no Porto. E no Porto chove. Chove muito. De Outubro a Maio. Às vezes em Junho e em Setembro. Em Portugal, talvez só no Gerês e em Viana do Castelo chova mais do que no Porto. Enfim, chove demais. E com a chuva, nada feito: nada de esplanadas, nada de desportos ao ar livre (só o surf e a corrida se safam), nada de passeios domingueiros pela baixa a ver as montras. Nada de janelas abertas, nem nada de ver o sol ou a lua. Só água a cair, abundante e continuamente.

terça-feira, 17 de março de 2015

EM DEFESA DO TRABALHO INTELECTUAL


Portugal é um dos países da OCDE com mais baixo nível de escolaridade. Para além de outras, isso tem duas consequências muito notórias e nefastas: a baixa produtividade do nosso país e uma desvalorização mesquinha do trabalho intelectual.

CHAPLIN OU O HUMOR PRIMORDIAL


As criações de Charles Chaplin, podemos dizê-lo hoje sem hesitação, são geniais. Muitas tiveram o merecido reconhecimento na altura da sua criação (sorte de que outras obras-primas não beneficiaram). Mas o facto de terem conseguido sobrevier à passagem do tempo (muitas delas já têm mais de 80 anos) possibilita-nos reafirmar, sem reservas, que “Charlie” Chaplin era um génio criativo.

PODEMOS AMAR ALGUÉM QUE NÃO OUVE A MESMA CANÇÃO?


Carlos Tê escreveu que não. Mas porquê? Não é o amor aquela força misteriosa e poderosa que é mais forte que tudo? Não, não é… Quantos casais se aguentam muito tempo se não estiverem em sintonia no essencial? A grande maioria nem se chega a aproximar. É verdade que a paixão pode encobrir muitas distâncias mas, uma vez finda, tudo vem ao de cima. Só nas telenovelas, e nos contos de fadas, a gata borralheira casa com o príncipe e vive feliz para sempre.

PRAXES, ABORTOS, CO-ADOPÇÕES E DIREITOS DOS ANIMAIS


Sei bem que o título apresenta-se desconexo. Sei bem que é sensacionalista. Mas é apenas o ponto de partida para uma outra coisa. É que não quero discutir ou defender a minha posição sobre cada um dos tópicos enunciados. Quero antes analisar o que os une a todos: a sua capacidade de fracturar a sociedade e a inutilidade de que se revestem muitas das discussões que à sua volta se geram.

OS JAVARDOS DA OPINIÃO


É fascinante ver como há um conjunto de comentadores, cronistas ou meros “blogueiros” que são especialistas na opinião javarda. Na TV, na rádio, nos jornais ou na Internet, o que eles mais gostam de fazer é lançar umas atoardas para o ar para causar polémica, como se estivessem a dizer coisas muito inteligentes. Na prática, não têm interesse em provar um ponto de vista ou defender cabalmente uma qualquer ideia. O que eles gostam é de barulho. E do protagonismo que as muitas visualizações e os comentários acesos lhes proporcionam.

QUINO, SE ME CONSEGUIRES OUVIR, OBRIGADO!


Não sei se usas a Internet ou se não tens paciência para estas tecnologias impessoais. E duvido que estas palavras algum dia cruzem o teu olhar. Mas fica, aqui, o meu agradecimento.

OS INFELIZES FINAIS FELIZES


Já não tenho paciência para finais felizes. Já não sou criança. Mas essencialmente por uma questão de realismo. É que não há finais felizes. A vida pode ser uma coisa muito bonita mas nunca acaba bem…

OS BONS VI SEMPRE PASSAR NO MUNDO GRAVES TORMENTOS


O título desta crónica é o primeiro verso de um poema de Camões, que aprendi na escola, intitulado “Ao desconcerto do mundo”. É um poema que sempre me causou inquietação e esta frase inaugural é lapidar (quantos mais anos passam, mais fico ciente da sua veracidade). A inquietação que sinto tem especialmente a ver com isto: Camões constatou-o e disse-o, no séc. XVI, e hoje, infelizmente, pouco mudou. No seu tempo, a história da humanidade já lhe permitia proferir tal sentença. O pior é que a sentença parece perpétua…

A IMBECILIDADE DO ÓDIO


De todos os sentimentos humanos talvez seja o ódio aquele que mais me perturba. Saber que há quem sinta o outro como um objecto a aniquilar, que tem que sofrer e desaparecer, só porque não gosta dele, é algo que me inquieta.

A DURA REALIDADE DOS MERCADOS SENTIMENTAIS


Nestes tempos de crise em que vivemos, ”mercados” é uma palavra forte do nosso quotidiano. Ouvimos falar dos mercados financeiros, dos de exportação, dos do petróleo ou mesmo dos do ouro. Porém, mercado é uma palavra muito genérica que pode ser usada para analisar quase todas as relações humanas. Por exemplo, podemos falar de mercados sentimentais (ou dos relacionamentos amorosos). E a verdade é que as leis que governam os mercados tradicionais também estão presentes nestes mercados inusitados. A procura, a oferta, os custos de oportunidade, os nichos, as variações de valor, as expectativas, são tudo realidades que também estão presentes nas relações amorosas (apercebamo-nos ou não delas).

SERÁ O FUTEBOL UM JOGO JUSTO?


No final de um jogo de futebol, quem perde nunca está satisfeito. Por cá, a culpa, por princípio, é sempre do árbitro. Às vezes, do treinador. Quase nunca dos jogadores ou do presidente. Mas, atribuições de culpas à parte, quantas vezes já ouvimos dizer que o resultado não é justo? A nossa equipa jogou melhor, rematou mais, até atirou duas bolas ao poste e a outra, na única vez que foi à nossa baliza, marcou, acabando por ganhar o jogo… A verdade é que, e tentando ser objectivo, penso que há, no futebol, muito lugar para a sorte, e portanto, para a injustiça.

A DIFÍCIL ARTE DO DEBATE



Os seres humanos são animais que vivem assoberbados em palavras – pensamos em palavras e comunicamos uns com os outros, essencialmente, através das palavras. Daí que se dê tanta importância ao que é dito, escrito. Veja-se a Historia e pense-se nas consequências que algumas palavras (escritas ou ditas) já tiveram no desencadear de revoluções, guerras ou mudanças de mentalidade. Porém, tudo na vida é relativo e as palavras terão o valor que nós lhe quisermos dar: podem ser apenas sons ou imagens às quais não atribuamos significado nem valor.

A VELOCIDADE FURIOSA DA INFORMAÇÃO



Vivemos na era da informação, já muitos o disseram. Talvez o mais correcto fosse dizer que vivemos na era da velocidade alucinante da informação. Para além da quantidade, o que mais caracteriza o tempo corrente é a velocidade da informação. O problema é que, a esta velocidade, a informação corre o risco de se aniquilar, rasgar, chegando ao destino apenas como trapos inorgânicos de notícias.

O PARADOXO DO SEXO


O desejo sexual é uma constante da humanidade. E não podia ser doutra forma. Fosse o sexo desagradável, ou algo do qual nunca nos lembrássemos, e a espécie humana tinha desaparecido do planeta no espaço de uma geração.

A MORTE NATURAL DA PRAXE


A praxe suscita tanto interesse na nossa comunidade que significa que ainda é relevante. Uns defendem-na porque integra, porque é tradição, porque é um ritual, porque ajuda a crescer e a compreender o mundo cão. Outros atacam-na porque é humilhante, desrespeitadora dos direitos humanos, porque prega o dogmatismo e propicia o abuso de poder.

EMPREENDEDORES, TUBARÕES E ENTRETENIMENTO


O programa televisivo Shark Tank é um "reality-competition" norte-americano onde empreendedores apresentam um projecto seu a cinco empresários de sucesso e propõem-lhes a venda de parte do capital desse projecto por um preço. Os empresários residentes (os auto-denominados tubarões) entram numa breve negociação com o candidato e, no fim, recusam ou aceitam fazer o negócio (proclamando o famoso "I’m out", quando recusam).

O EGOÍSMO DA PROCRIAÇÃO


A espécie humana evoluiu ao longo de milhões de anos sem que nunca a reprodução fosse uma variável sob o comando dos indivíduos: porque havia a compulsão sexual, a reprodução surgia como consequência inevitável do saciar da dita compulsão…

MILEY CYRUS: A OESTE NADA DE NOVO


As recentes polémicas que envolvem a cantora pop Miley Cyrus (MC) são um caso paradigmático de fazer-se muito barulho por nada, pois tudo o que aconteceu foi “business as usual”.

CARNAVAL, ÓSCARES E OUTRAS COLONIZAÇÕES


Como se diz para aí, há uma linha que separa… Muitas coisas. E é uma linha muito ténue aquela que separa o gosto pelas culturas estrangeiras do ser-se um alienado e colonizado culturalmente. Acontece que, em Portugal, muitos já cruzaram essa linha deixando de ser saudáveis apreciadores das culturas forasteiras para se transformarem em inconscientes colonizados.

DO PORTO, COM RAZÃO E EMOÇÃO


Nasci na freguesia de Santo Ildefonso. Os meus dois primeiros anos, passei-os em Cedofeita. Cresci e vivi em Ramalde. Sou do Porto, portuense, tripeiro.

O FASCÍNIO PELAS VIAGENS DOS OUTROS


Antes de começar esta crónica, permitam-me uma declaração de interesses: não sou um fascinado por viagens. Ou melhor, gosto de viajar e compreendo o prazer que a viagem pode dar. Mas daí até ser a melhor coisa do mundo… É que há prazeres na vida que são muito melhores do que as viagens.

O FIM DA INTELIGÊNCIA?

Vulgarmente diz-se que a inteligência é o atributo que mais distingue os seres humanos das outras espécies vivas e que essa é a sua grande vantagem comparativa. Por isso se espera que a evolução da espécie se faça na direcção da contínua melhoria da inteligência (até se prognostica um ser humano macrocéfalo, com poucos ossos e músculos, sentado, mas muito inteligente…).

VIVA O INFERNO!


Não, não estou a exultar pelo lugar mitológico, em contínuo ardimento, onde todos os males, mauzões e pecadores vão parar. É que não tenho muita paciência para mitologias…

GERAÇÃO GRUNGE



Nirvana, Pearl Jam, Soundgarden, Alice in Chains ou ainda Bush e Stone Temple Pilots são algumas das bandas que marcaram uma época e uma geração: a geração grunge!

A BANDA CHAMADA RAINHA E A VOZ RAINHA DO POP-ROCK


Os Queen são, indiscutivelmente, uma das maiores bandas da história do pop-rock mundial. Composta por músicos de talento (que sabiam tocar, cantar e compor) asseguraram, com a sua produção musical, um lugar indestronável na história da canção rock. Criadores de hinos como ninguém, são uma banda de sempre, para sempre.

O ELOGIO DA CRIATIVIDADE


Um dos traços distintivos dos seres humanos é a nossa capacidade de criação. Nenhum outro ser vivo cria como nós. Por isso a criatividade é uma capacidade intelectual fundamental. É graças a ela que temos as invenções, as grandes teorias científicas e a arte.

O ELOGIO DA UNIVERSIDADE


As universidades são um dos pináculos da evolução humana. Locais de culto do saber, da ciência e do progresso, são a exortação da ambição humana no seu melhor: querer saber sempre mais, fazer sempre melhor! Por todo o mundo desenvolvido vemos universidades que são verdadeiros símbolos nacionais, locais estimados, respeitados e motivos de orgulho que se consubstanciam, muitas vezes, nas principais fontes de riqueza e prosperidade dos países (pensemos em Cambridge e Oxford na Inglaterra ou Harvard e Princeton nos E.U.A.).

O ELOGIO DA MULHER



Não gosto de pensar o mundo em termos maniqueístas. A construção de estereótipos demasiado marcados pode até facilitar a compreensão mas o custo é grande: passamos a compreender um mundo distorcido e não o real… Ainda assim, há tipos que podemos definir e é facto assente que homens e mulheres são diferentes!

O ELOGIO DA CIVILIZAÇÃO


“Deixemos os medicamentos de lado (ó logro das farmacêuticas), usemos as ervas, as plantas e as mãos… Deixemos as cidades, esses locais poluídos, entupidos, stressantes e depressivos. Vivamos no campo, nos montes, na floresta. Façamos os partos em casa, no conforto do lar, com parteiras doudas a acompanhar! Abandonemos os carros, as motas, os aviões (e todas as máquinas assassinas da natureza) e desloquemo-nos a pé para todo o lado. Deixemos as escolas e as universidades (ó instituições obtusas e manipuladoras) e aprendamos em casa escutando a sabedoria milenar das nossas mães e avós… Paremos de trabalhar, servir como robôs escravizados a máquina do dinheiro e dos interesses instalados! Cultivemos a nossa horta e comamos o que produzimos. Enfim, liberemo-nos, finalmente, da opressão da Civilização! Façamos tudo isto, já, agora, todos juntos! Depois, paremos, respiremos e sintamos… Ah! como é bela a Idade Média! Morramos com uma infecção nos dentes, morramos jovens e doentes! Deixemos as mães e as crianças morrer no parto, que a Natureza sabe o que faz… Vivamos com o frio e com o calor em casas de palha ou de pedra, para sempre confinados nas nossas aldeias. Aprendamos os dialectos locais e preguemos à Mãe Natureza! E deixemos que a morte faça a selecção (dos que ficam e dos que vão). Vivamos assim, para sempre, em total harmonia e alegria!” Carta dos apóstolos da “Nova Era” aos parvos.

CARTA EM TONS VIOLETA


1998. Era estudante de Economia. Uma noite, na Faculdade, uma festa e uns convidados musicais. Primeiro cá fora, à espera que as portas abrissem (apenas se ouvia, dentro, os sons de um ensaio…). Depois as portas abriram e entrámos: todo o átrio central dedicado ao evento: o fepstreet… Uma tradição da FEP: bebidas com preço flutuante ao longo da noite, em função da oferta e da procura, qual praça bolsista!

MÚSICA PELA BARBA


A vitória de Thomas Neuwirth (na sua encarnação de Conchita Wurst) no Festival Eurovisão da Canção de 2014, penso que apenas nos diz uma coisa que, aliás, já sabíamos: a cultura europeia já não é dominada por fundamentalistas.

A LONGA VIAGEM DA LITERACIA


Portugal é um país que, fruto de ter vivido em ditadura até tarde demais, tinha, nos anos setenta do século passado, um dos mais vergonhosos níveis de alfabetização do mundo ocidental. Só depois da implantação da democracia, e da consequente massificação do ensino, é que Portugal começou a encetar um processo de recuperação do atraso educacional da sua população.

REDUÇÃO AO ABSURDO PEREIRA


Ricardo Araújo Pereira (RAP) é o humorista da “nova geração” que mais admiro. Não só pela sua capacidade de representação (que, no campo da comédia, é assinalável) mas, sobretudo, pela sua capacidade de escrita (que muito deve à sua vasta bagagem cultural).

ANIMAIS


Animais somos todos nós, seres humanos, no sentido biológico do termo. Mas só alguns são animais no sentido pejorativo que a palavra pode carregar.

"INBEIJA"


Sou do Porto. E no Porto é assim que se pronuncia inveja. E esse sentimento é tão feio, porco e mau, que a nossa pronunciação, mais acentuada e agreste, fica-lhe bem.

E VIVERAM FELIZES PARA SEMPRE: A TERRA PROMETIDA, NUNCA ENCONTRADA


Apesar de vivermos na modernidade, com tecnologia, globalização, multiculturalismo e progresso há certas ideias, certos preconceitos, que perduram sem que nada os sustente a não ser uma vontade indomável de que a realidade obedecesse a esse ideal e não às leis que efectivamente a governam… Uma dessas ideias é o “viveram felizes para sempre”.